De Louco e Dietista, todos têm um pouco!

terça-feira, janeiro 29, 2013

Azia ou refluxo gástrico?

Saber o que e quando comer, mas como e de que forma é a solução para o desconforto que tanto a azia como o refluxo gástrico provocam.

Normalmente surgem numa segunda fase da digestão, onde ocorre a alteração química  provocada pela ação de enzimas, minerais e ácidos.

A pirose ou acidez, mais comumente conhecida por azia, está relacionada com digestões difíceis e prolongadas, associadas, na maioria das vezes, a excessos alcoólicos ou alimentares.

Na prática:

- Quando comemos, os alimentos percorrem o canal que liga a boca ao estômago, o esófago e, antes de chegarem ao estômago, têm de atravessar um pequeno "buraco", o esfíncter esofágico inferior, que apenas se deve abrir aquando da passagem dos alimentos para o estômago, de modo a impedir que os ácidos digestivos refluam pelo esófago. Contudo, às vezes, os músculos desse esfíncter permanecem abertos devido à perda de elasticidade, permitindo a passagem dos ácidos digestivos, provocando a azia.

Cerca de 7% da população mundial sofre de azia todos os dias, uma doença que tem um impacto negativo na qualidade de vida dos portadores, aumenta as despesas com a saúde e pode provocar sérios problemas no esófago. Se pertence a estes 7% procure um médico, "mude-se" para a pequena minoria que recorre à ajuda de profissionais de saúde.


O refluxo gástrico define-se como uma azia recorrente, causada pelo não funcionamento do esfíncter esofágico inferior.

Hérnia de hiato, obesidade e tabagismo são as causas mais comuns para o aparecimento desta patologia. Muito comum na gravidez, principalmente nas senhoras obesas. A ingetão de refeições e/ou alimentos muito consimentados e/ou gordurosos, o álcool e a má alimentação são práticas que podem ocasionar e piorar os efeitos do refluxo.

Pode a alimentação aliviar os sintomas?

CLARO!

  • Comece por fazer várias refeições ao dia e de pequena quantidade.
  • Mastigue bem os alimentos, lembre-se que o sabor destes apenas é sentido na boca, por isso, aproveite-o ao máximo.
  • A ingestão de, pelo menos, 1 litro de água por dia é essencial, entre as refeições e não durante as mesmas.
  • Evite os alimentos que lhe provocam azia. Vá retirando e introduzindo novamente para ter a certeza se são mesmo esses.
  • O álcool provoca lesões nas mucosas, por isso, evite as bebidas alcoólicas.
  • Alimentos de fácil digestão como o queijo fresco devem ser privilegiados. 
  • A banana forma uma camada protetora na parede do estômago, contribuindo assim para a diminuição dos ataques de acidez.
  • Evite café, chá, coca cola e outras bebidas cafeínadas, ma vez que a cafeína aumenta a produção de ácido.
  • Alguns medicamentos podem provocar azia, se tal acontecer, fale com o seu médico. Evite auto medicar-se.
  • O leite é um alimento que camufla o problema, embora alivie os sintomas, não é, nem de perto nem de longe, uma solução.
  • Evite as "jantaradas". O jantar deve ser a refeição mais leve do dia, uma vez que, normalmente, após o jantar se segue o descanso, muitas vezes na horizontal, o que é propício para a passagem dos ácidos digestivos para o esófago.
Pequenas ações que podem melhorar a qualidade de vida de quem vive na "azia"!

A vossa Linda Dietista,







segunda-feira, janeiro 28, 2013

Alergia alimentar VS. intolerância alimentar

Muitos de vós desconhece a diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar, chegando mesmo a denominar as duas por igual. Numa primeira fase parece, de facto, tratar-se da mesma patologia, contudo há diferenças bem evidentes, que passo a citar.

O termo alergia aplica-se quando uma substância provoca uma reação imune no organismo. No caso de uma alergia alimentar, diz - se que tal acontece quando a proteína presente em determinado alimento é reconhecida como estranha pelo organismo, podendo na maioria dos organismos ser inofensiva.

Os alimentos que, frequentemente, causam alergia são, no caso das crianças, o leite de vaca, a farinha de trigo, o ovo e o amendoim. Nos adultos são as frutas, os vegetais, o amendoim, as castanhas e os frutos do mar.

Um dos fatores de risco é o contacto precoce com os alimentos (acima mencionados), nomeadamente antes dos 3 anos, período de vida em que o trato gastrointestinal não se encontra totalmente desenvolvido.

A sintomatologia varia consoante o organismo, contudo, a mais comum é: diarreia, cólicas, vómitos e náuseas.

A incidência de determinada manifestação alérgica varia de acordo com os hábitos de consumo alimentar. Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum a alergia ao amendoin, enquanto que no Japão se verifica maior incidência alérgica à soja e na Suécia e Finlândia as alergias a peixes e frutas cítricas.


No caso da intolerância alimentar, a resposta exagerada do organismo não é de caráter imunológico. Na maioria das vezes, a reação é causada pela produção insuficiente ou ausente, do organismo, de enzimas digestivas. Um exemplo muito comum é a intolerância à lactose, na qual as pessoas não têm a enzima lactase, responsável pela digestão do açúcar no leite (lactose).

O glúten, a lactose, os frutos do mar, os corantes, os conservantes e os intensificadores de sabor são, frequentemente, os maiores causadores de intolerância alimentar.

As manifestações da intolerância alimentar são muito semelhantes às da alergia alimentar, motivo pelo qual, muitas vezes, é impossível verificar o envolvimento, ou não, do sistema imunológico nas reações adversas dos alimentos.

O tratamento de uma intolerância alimentar, consiste na exclusão dos alimentos que provocam a reação. Contudo, é necessário um cuidado especial na leitura dos rótulos, devido à expressão "vestígios de".


Na prática temos:

Leite de vaca


  • Alergia alimentar - O corpo do paciente produz anticorpos da alergia e células específicas contra as proteínas do leite. Quando o paciente ingere leite de vaca, o sistema imune identifica-o como uma toxina e, como tal, precisa ser eliminado. Dessa eliminação resulta o aumento do trânsito intestinal, provocando, diarreia, gases distensão abdominal.

  • Intolerância alimentar - A lactose (açúcar do leite) é um dissacarídeo e estes não são absorvidos no intestino, para que isso ocorra é necessária a existência da enzima lactase que desdobra a lactose em galactose e glicose que são monossacarídeos e são absorvidos pelo organismo. Quando a lactase está diminuída ou ausente a lactose vai acumular-se no intestino e consequentemente atrairá muita água, sendo que, será fermentada pelas bactérias intestinais com formação de gases, cólicas, diarreia e desconforto e distensão abdominal.

O mesmo se verifica para todos os outros alimentos alergéneos.

Tem estes sintomas após a ingestão de algum alimento? Comece por excluí-lo da sua alimentação diária mas, mais tarde volte a introduzi-lo para assim poder obter um diagnóstico, feito o mesmo, recorra ao médico para depois este poder despitar a hipótese, ou não, de intolerância alimentar!

A vossa Linda Dietista




 

quinta-feira, janeiro 24, 2013

O seu fígado funciona corretamente?

Encontra-se estrategicamente colocado no nosso corpo e é o chamado órgão filtro e estabilizador dos nossos alimentos, sendo importante manter a sua saúde.

Para manter essa saúde, nada melhor que ficar a conhecer as plantas que podem ajudar a função hepática:

- Cardo-mariano é uma planta hepatoprotetora (protetora do fígado), auxilia a regeneração das células hepáticas e reforça as defesas naturais do fígado. É uma planta interessante para tratar determinadas intoxicações e excessos alimentares (incluindo o álcool) decorrentes de uma festa do dia anterior, por exemplo.

- Rabanete ou rábano negro é uma planta eficaz contra distúrbios digestivos, especialmente a nível hepático. Desintoxica todo o organismo e purifica o fígado.

- Dente-de-leão atua com tónico digestivo (estimula a secreção de saliva, sucos gástricos e bílis)  e hepático (melhora o funcionamento da vesícula biliar e do fígado).
Experimente utilizar as suas folhas na salada (colha as mais jovens), são ricas em vitaminas A, B, C e D, cálcio, potássio e ferro.

- Alcachofra , a planta inimiga do colesterol LDL (colesterol mau). Dada a sua capacidade regeneradora do fígado,  pode ser utilizada em caso de intoxicações, quer por excessos alimentares quer por excesso de medicamentos ou álcool. Contribui ainda para o melhor funcionamento da vesícula biliar por aumentar e fluidificar a bílis, ação que pode auxiliar o tratamento de casos de "vesícula preguiçosa".

Pode utilizar estas plantas sob a forma de chá ou naturalmente e incorporá-las na sua alimentação diária! Nada melhor que manter o fígado desintoxicado, é a garantia de que a digestão e a eliminação de gorduras serão realizadas corretamente!

A combinação destas plantas trabalha em sinergia para uma maior eficácia da função hepática. Contudo, na impossibilidade de as combinar, pelo menos, consuma-as individualmente, é sempre uma mais-valia para o fígado e consequentemente para todo o organismo!

Já não há motivos para ressacas, sejam elas de origem alimentar ou não!

A vossa Linda Dietista


quarta-feira, janeiro 23, 2013

Óleos essenciais na culinária, como utilizar?

Os óleos essenciais são flores, ervas frescas, frutas ou especiarias no estado líquido, que intensificam, muito mais, o sabor da sua refeição. No entanto, uma gota a mais altera, por completo, o sabor da refeição, pelo que, nunca deve ultrapassar o número de gotas indicadas na receita.

Não deve utilizar, em caso algum, o óleo essencial no seu estado puro, mas sim diluído numa base xaroposa ou gorda, uma vez que, é muito concentrado.

Num prato quente, pode introduzir o óleo essencial no final da cozedura, salvo indicação em contrário na receita.

É gama de óleos essenciais é bastante variada, pelo que, consegue encontrar a maioria, se não todas, as ervas aromáticas sob a forma de óleo.

Óleo essencial de alecrim - Fornece às suas receitas um ligeiro sabor floral e açucarado. Principalmente utilizado para as carnes de caça, cordeiro, frango, peru  presunto fumado, legumes, como o courgette e o alho, molhos, marinadas, doce de pêssego e várias compotas.

Óleo essencial de laranja - Confere um sabor doce e frutado quando adicionado a uma receita. Recomendado, sobretudo, na preparação de sobremesas doces e bolos.

Óleo essencial de manjericão - "Apimenta" um pouco as suas refeições, sendo principalmente utilizado com o frango, as lulas, nos molhos de tomate e alho, nas saladas de tomate, em queijos (mozzarella, cabra) e em alguns legumes (courgette, tomate e feijão manteiga).

Estes, são apenas um exemplo, uma amostra, de todos os existentes! Existem 1001 combinações possíveis, só precisa de um pouco de imaginação!

Deixo-vos, uma pequena receita, onde podem incorporar, umas gotas de óleo essencial!

Mousse de chocolate com laranja:

Ingredientes (4 pessoas):

- 2 gemas de ovos
- 5 claras de ovos
- 1 colher de sopa de adoçante
- 125 g de chocolate preto de culinária
- 25 g de manteiga magra
- 2 gotas de óleo essencial de laranja

Modo de preparação e confeção:

- Derreta o chocolate e a manteiga em banho-maria.
- Misture e mexa bem as gemas de ovos com o açúcar. Bata as claras em castelo.
- Adicione o chocolate derretido às gemas e as claras com o resto do preparado, bem como as 2 gotas de óleo essencial de laranja.
- Leve ao frigorífico durante 2 a 3 horas.

Quer elaborar determinada receita, contudo, não encontra a especiaria que dá o toque à receita, procure um óleo essencial, certamente que o encontrará em qualquer período do ano! É uma ótima opção!

A vossa Linda Dietista,



Podem sempre surpreender com esta apresentação!

domingo, janeiro 20, 2013

Almôndegas de camarão

Com a hora de almoço a bater à porta, nada melhor, que uma pequena sugestão com crustáceos!

Almôndegas de camarão

Associava as almôndegas apenas a carne? Então esqueça essa associação e delicie-se com esta pequena grande refeição!

Ingredientes:


  • 800 gramas de miolo de camarão
  • 2 ovos (1 gema e 2 claras)
  • 1 colher de sobremesa de pimentão doce
  • Sumo de 1 limão
  • Coentros e louro q.b.

Modo de preparação e confeção:

  • Triture o miolo de camarão.
  • Adicione os ovos, o pimentão doce, o sumo de limão, os coentros e o louro. Mexa bem, de modo a obter uma mistura homogénea.
  • Molde pequenas bolas (tamanho de uma bola de pingue pongue) e leve a cozer ao vapor.
  • Sirva com salada de alface temperada com molho vinagreta.

Nota:

  • Pode substituir o pimentão doce por caril.
No final, obterá uma refeição rica em proteína e pobre em hidratos de carbono, o ideal para aqueles que querem perder os quilos ganhos com as festas de Dezembro!

Bom apetite!


quinta-feira, janeiro 17, 2013

Açúcar VS. Fruta

Será a fruta um trunfo no processo de emagrecimento?

Qualquer fruta tem, maioritariamente, na sua composição Hidratos de Carbono, sendo a maioria destes representados sob a forma de frutose - açúcar. Conclui-se então que a maior uma fruta será tanto mais calórica, quanto maior for a quantidade de frutose presente.

É de conhecimento público a necessidade de diminuir o consumo de açúcar, mas diminuir para que valores? Qual a quantidade máxima permitida por dia? A quantidade recomendada, por dia, não ultrapassa as 90 gramas.

Açúcar, não é apenas aquela "espécie" de cristal branco, mas também todo aquele presente, naturalmente, nos alimentos, como é o caso da fruta.

Sendo um pouco mais prático, pensemos numa banana, que tem cerca de 22,5 gramas de açúcar por 100 gramas (de alimento). A ingestão de uma banana ao pequeno-almoço, por exemplo, significa ter apenas 7,5 gramas de açúcar para o resto do dia, o que, é pouco, uma vez que todos os alimentos têm açúcar e algumas vezes ainda consumimos aqueles que têm açúcar adicionado, como se não fosse suficiente o açúcar próprio das matérias-primas, enfim, prossigamos!

Não podemos esquecer aqueles que são portadores de doenças provocadas pelo excesso de açúcar, como é o caso dos diabéticos. Pode um diabético comer fruta? Claro que sim, desde que opte pela que tiver uma menor quantidade de açúcar e deve ficar-se apenas por uma unidade ao longo do dia. Esta unidade deve sempre, mas sempre, ser acompanhada por um hidrato de carbono complexo (é aquele que demora mais tempo a entrar na corrente sanguínea - pão, tostas, bolacha Maria, etc) de modo a evitar variações bruscas na glicemia.

Pode um diabético comer uma banana? Esporadicamente, claro que sim, contudo deve ser ingerida de forma fracionada, ou seja, 1/3 ao pequeno-almoço, 1/3 ao meio da manhã e 1/3 ao lanche. O mesmo se verifica para as frutas com quantidades elevadas de frutose, contudo, estas devem ser evitadas.

E aqueles que querem perder peso, podem comer fruta? A orientação, muitas vezes, depende do profissional de saúde e como tal, a minha orientação, vai para, apenas, 1 peça de fruta por dia e nunca como sobremesa, mas sim como refeição intermédia (merenda da manhã ou da tarde). Porquê?

O nosso organismo é muito preguiçoso e sempre que tem disponíveis hidratos de carbono, serão eles os eleitos para a obtenção de energia, só depois recorrerá à gordura e em último caso às proteínas. No processo de emagrecimento, queremos que o organismo recorra à gordura, portanto é necessária uma restrição a nível de hidratos de carbono, para que, desse modo, o organismo se sinta obrigado a recorrer à gordura. Portanto, se a fruta é um alimento, maioritariamente, constituído por hidratos de carbono (frutose) é necessária a sua restrição, bem como uma ligeira redução em todas os hidratos de carbono ingeridos ao longo do dia!

A primeira medida a tomar é:

- Substituir o açúcar pelo adoçante! Se não podemos controlar a quantidade de açúcar ingerida com os alimentos, que o contêm naturalmente, então que controlemos o açúcar que colocamos para adocicar os alimentos.

As restantes medidas baseiam-se no controlo das quantidades de alimentos ricos em hidratos de carbono (leguminosas, arroz, massa, batata, pão, bolachas, cereais de pequeno almoço, tostas, etc) e na leitura dos rótulos dos alimentos!

A informação é uma obrigação minha, a escolha só a si cabe!

A vossa Dietista